16/03/2015 VACINAÇÃO CONTRA O HPV
16/03/2015 VACINAÇÃO CONTRA O HPV
NA ESCOLA SÃO SEBASTIÃO DE 9:00 às 16:00h
PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DE ÚTERO
Câncer do colo
do útero
Devido à sua
alta incidência e mortalidade, o câncer do colo do útero é um importante
problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. Embora
tenha alta incidência, este câncer apresenta forte potencial de prevenção e
cura quando diagnosticado precocemente, seja por meio de consultas regulares ao
ginecologista seja pela realização regular dos exames recomendados a partir dos
25 anos de idade 1 . Entre as estratégias de prevenção mais utilizadas, além da
detecção precoce, está a vacinação, o uso de preservativo e ações educativas.
No Brasil, o
câncer do colo do útero é o segundo tipo de câncer mais frequente entre mulheres,
após o câncer de mama, com alta mortalidade. Em 2012, as estimativas foram de
17.540 casos novos, com risco estimado variando de 17 a 21 casos a cada 100 mil
mulheres, com grandes iniquidades regionais, sendo maiores incidências
registradas em estados com menor nível de desenvolvimento socioeconômico,
acompanhando o mesmo perfil da magnitude observada no mundo . Na região
Centro-Oeste a incidência média é de 28/100 mil, na região Norte é de 24/100
mil, na região Nordeste é de 18/100 mil, na região Sudeste é de 15/100 mil e na
região Sul é de 14/100 mil
Outros fatores
de risco que podem determinar a regressão, a persistência ou a progressão da
infecção pelo HPV estão ligados à imunidade, à genética, ao comportamento
sexual e ao tabagismo.
Papilomavírus humano
O HPV é um vírus
que apresenta mais de 150 genótipos diferentes, sendo 12 deles
considerados oncogênicos pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer
(IARC) e associados a neoplasias malignas do trato genital, enquanto os demais
subtipos virais estão relacionados a verrugas genitais e cutâneas. Mulheres
infectadas por HPV podem desenvolver lesões intraepiteliais cervicais, sendo
que a maioria regride espontaneamente, especialmente na adolescência. Poucas
lesões progridem para lesões intraepiteliais de alto grau, consideradas as
lesões que, se não detectadas e tratadas adequadamente, podem progredir para o
câncer.
Vacinas contra o papilomavírus humano
Considerando que o HPV é condição necessária
para o câncer cervical, a vacinação para prevenção do HPV representa potencial
para reduzir a carga de doença cervical e lesões precursoras. O Ministério da
Saúde adotou a vacina quadrivalente contra HPV que confere proteção contra HPV
de baixo risco (HPV 6 e 11) e de alto risco (HPV 16 e 18). Essa vacina previne
infecções pelos tipos virais presentes na vacina e, consequentemente, o câncer
do colo do útero e reduz a carga da doença. Tem maior evidência de proteção e
indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. A vacina HPV é
destinada exclusivamente à utilização preventiva e não tem efeito demonstrado
ainda nas infeções pré-existentes ou na doença clínica estabelecida. Portanto,
a vacina não tem uso terapêutico no tratamento do câncer do colo do útero, de
lesões displásicas cervicais, vulvares e vaginais de alto grau ou de verrugas
genitais.
Introdução da vacina contra o papilomavírus
humano no Brasil
Estudos com
modelagens matemáticas da prevenção do câncer do colo do útero em diversos
países da Europa, América do Norte e América Latina e Caribe, inclusive no
Brasil, vem demonstrando o custo-efetividade da vacinação contra HPV. Estes
estudos consideraram 3o impacto do imunobiológico sobre os desfechos de câncer
e lesões cervicais pré-cancerosas associados à HPV 16 e 18.
Esquema vacinal
O Ministério da
Saúde adotará o esquema vacinal estendido, composto por três doses (0, 6 e 60
meses). Esta decisão foi tomada a partir da recomendação do Grupo Técnico
Assessor de Imunizações da Organização Pan-Americana de Saúde (TAG/OPAS), após
aprovação pelo Comitê Técnico de Imunizações do PNI, reconhecendo a necessidade
de dados adicionais em longo prazo sobre tal esquema.
População alvo
A população alvo da vacinação com a vacina HPV
é composta por adolescentes do sexo feminino na faixa etária entre 11 e 13 anos
de idade no ano da introdução da vacina (2014), na faixa etária de 9 a 11 anos
no segundo ano de introdução da vacina (2015) e de 9 anos de idade do terceiro
ano em diante (2016). No caso da população indígena, a população alvo da
vacinação é composta por indígenas do sexo feminino na faixa etária de 9 a 13
anos no ano da introdução da vacina (2014) e de 9 anos de idade do segundo ano
em diante (2015).